Abstract
Neste trabalho, refletimos sobre como se pode ensinar o Design como forma de estar e participar no mundo. Identificamos no conceito de colaboração, uma quebra necessária ao modo dominante ensinado globalmente em escolas de design, caracterizado pelo ethos individualista da sociedade capitalista. Contudo, diversos pesquisadores da área apontam a necessidade de uma maior compreensão sobre os modos de ensino e as competências necessárias aos futuros designers para participar de processos colaborativos. Para tanto, discutiremos aqui a necessidade de compreender e superar as limitações da forma pela qual a colaboração em design é praticada e compreendida. Em muitos processos de design a colaboração é incorporada de um modo asséptico, possível de ser tecnicizado em práticas de co-design. A proposta deste artigo é trazer o conceito de sentipensante para o agir projetual, e com isso a corporeidade, os afetos, a conexão consigo mesmo e com a comunidade para os processos colaborativos. Propusemos o conceito de sentipensação projetual e refletimos sobre sua contribuição no processo formativo de estudantes de design. Apresentamos um exercício de ensino que parte da colaboração entre professores e alunos para co-criar o plano de ensino a partir do conceito de sentipensação: um agir projetual sentipensante.
Keywords
sentipensante; colaboração; ensino em design
DOI
https://doi.org/10.21606/pluriversal.2021.0027
Citation
Freire, K.,and Del Gaudio, C.(2021) Práticas de Ensino para Designers Sentipensantes, in Leitão, R.M., Men, I., Noel, L-A., Lima, J., Meninato, T. (eds.), Pivot 2021: Dismantling/Reassembling, 22-23 July, Toronto, Canada. https://doi.org/10.21606/pluriversal.2021.0027
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Práticas de Ensino para Designers Sentipensantes
Neste trabalho, refletimos sobre como se pode ensinar o Design como forma de estar e participar no mundo. Identificamos no conceito de colaboração, uma quebra necessária ao modo dominante ensinado globalmente em escolas de design, caracterizado pelo ethos individualista da sociedade capitalista. Contudo, diversos pesquisadores da área apontam a necessidade de uma maior compreensão sobre os modos de ensino e as competências necessárias aos futuros designers para participar de processos colaborativos. Para tanto, discutiremos aqui a necessidade de compreender e superar as limitações da forma pela qual a colaboração em design é praticada e compreendida. Em muitos processos de design a colaboração é incorporada de um modo asséptico, possível de ser tecnicizado em práticas de co-design. A proposta deste artigo é trazer o conceito de sentipensante para o agir projetual, e com isso a corporeidade, os afetos, a conexão consigo mesmo e com a comunidade para os processos colaborativos. Propusemos o conceito de sentipensação projetual e refletimos sobre sua contribuição no processo formativo de estudantes de design. Apresentamos um exercício de ensino que parte da colaboração entre professores e alunos para co-criar o plano de ensino a partir do conceito de sentipensação: um agir projetual sentipensante.